Quixadá

Fundação: 27/10/1870

Emancipação Política: 27 DE OUTUBRO

Gentílico: QUIXADAENSE

Unidade Federatíva: CE

Mesoregião: SERTÕES CEARENSES

Microregião: SERTÃO DE QUIXERAMOBIM

Origem
Apenas uma definição é consenso quanto à origem do nome Quixadá. É uma palavra derivada de alguma das línguas indígenas faladas no território cearense antes do descobrimento. Exceto isto, há grandes controvérsias. Em alguns documentos antigos figura como Queixadá, Quixedá, Quixeda e Quixadá. Para Paulino Nogueira, em seu livro Vocabulário Indígena em Uso na Província do Ceará (1887), presume que o nome vem da tribo Tapuia dos Quixaras, também conhecida com Quixadás. Segundo Carl von Martius, é derivada de Quixeurá, que significa "Oh! Eu sou o Senhor, Qui = oh, Xé = eu e Uará = senhor, tendo-se corrompido em Quixadá.

Para Teodoro Sampaio, em seu livro O Tupi na Geografia Nacional, disse que a palavra pertence a língua cariri e que, por não haver qualquer registros, não é possível afirmar significado exato. Thomaz Pompeu Sobrinho atribuiu, em princípio, a esse topônimo a origem tupi como Quichaitá, com a seguinte interpretação: Qui = ponta, Chai = gancho ou torcida e Ita = pedra, donde se conclui: pedra da ponta encurvada ou torcida. Essa interpretação estão relacionadas à paisagem quixadaense onde existem pedras singulares como por exemplo, a "Galinha Choca", conhecida anteriormente como "Bico de Arara", além disso, segundo o autor, também pode ser a corruptela da palavra queixada ou quintal de rocha. Eusébio de Sousa também diz ser o vocábulo de origem tupi-guarani que significa pedra da ponta curvada. Os antigos habitantes falavam em Curral de Pedra, haja vista a localização da cidade que de fato, está cercada de pedras.

História
Originalmente, a região foi habitada pelos índios Canindés e Jenipapo pertences ao grupo dos Tapuias, resistindo à invasão portuguesa no início do século XVII (17), sendo (pacificados) em 1705, quando Manuel Gomes de Oliveira e André Moreira Barros ocuparam as terras de Quixadá. Estes grupos indígenas resistiram até 1760, pois os conflitos entre índios e colonos, ocasionados pelo desenvolvimento da pecuária desde 1705, praticamente extinguiram essas tribos.

A colonização da área compreendida atualmente pelo município de Quixadá ocorreu através da penetração pelo rio Jaguaribe, seguindo seu afluente o rio Banabuiú e depois o rio Sitiá, cujo objetivo principal era a conquista de terras para a pecuária de corte e leiteira.

A primeira escritura pública da região foi a do Mosteiro Beneditino, hoje Casa de Repouso São José, na Serra do Estêvão, onde hoje é o distrito de Dom Maurício, em 1641. Manuel da Silva Lima, alegando ter descoberto dois olhos d'água, obteve uma sesmaria. Essas terras, inicialmente de Carlos Azevedo, eram o "Sítio Quixedá" adquirido por compra conforme escritura de 18 de dezembro de 1728.

Em seguida, a propriedade foi vendida a José de Barros Ferreira em 1747 por duzentos e cinquenta mil réis. Oito anos depois, José de Barros, construiu casas de morada, capela e curral, lançando assim as bases da atual cidade de Quixadá, sendo considerado, portanto, o legítimo fundador da cidade. A fazenda prosperou e se transformou em distrito do município de Quixeramobim.

A partir do século XIX, com a instalação da estrada de ferro que ligava o Cariri à Fortaleza ocorreu forte urbanização do município. Esta também foi fortemente influenciada pela produção de algodão exportado para a Inglaterra, que nesta época vivia a Revolução Industrial. A Freguesia de Quixadá foi criada pela Lei provincial n.° 1.305, de 5 de novembro de 1869. Em de 27 de outubro de 1870 a Lei provincial n.° 1.347 criou o Município de Quixadá desmembrando-o de Quixeramobim e sendo elevado à categoria de vila.

Com o projeto e a construção do Açude do Cedro, a vila passa a receber ainda mais imigrantes vindo de diversas regiões (estimados em 30.000), além disso diversas estradas foram construídas. Este processo acelera a urbanização, fazendo com que em 17 de agosto de 1889 a vila recebesse foros de cidade pela Lei provincial n.º 2.166.

Deste sua emancipação até hoje, teve cinquenta e três governos municipais, sendo o fazendeiro Laurentino Belmonte de Queiroz, o primeiro gestor no período de 1871 a 1873.

Cultura
Embora pouco explorado, o município apresenta grande potencial turístico, especialmente para o ecoturismo devido à beleza de suas paisagens, além para a prática de esportes radicais como voo livre[22] (parapente e asa-delta), off-road, trekking, orientação, montanhismo e rapel.[23]

Em 30 de janeiro de 2015, a Barragem do Cedro foi adicionada à Lista Indicativa do Patrimônio Mundial da Unesco[24].

Divisão Política
A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[18]

Antes de 1930 os municípios eram dirigidos pelos presidentes das câmaras municipais, também chamados de agentes executivos ou intendentes. Somente após a Revolução de 1930 é que foram separados os poderes municipais em executivo e legislativo.[19] Portanto, no momento da emancipação, não havia o cargo de prefeito. A administração municipal era exercida pelo presidente da Câmara Municipal e alguma vezes num colegiado de vereadores tendo o presidente à frente, deste modo, Laurentino Belmonte de Queiroz tornou-se o primeiro chefe do executivo municipal, cargo que ocupou até 19 de maio de 1873, quando a nova Câmara de Vereadores do Município foi empossada. Agora, o poder executivo do município volta as mãos do prefeito José Ilário Gonçalves Marques. Estrutura administrativa
Executivo
A pasta da Prefeitura Municipal de Quixadá de 2017 a 2020 é composta por:

Secretaria do Desenvolvimento Social e Fundação de Geração de Emprego, Renda e Habitação Popular;
Secretaria da Administração;
Secretaria da Educação;
Secretaria da Saúde;
Secretaria da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural;
Departamento Municipal de Administração de Bens e Serviços Públicos e Departamento Municipal de Trânsito;
Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente;
Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude;
Procuradoria Geral do Município;
Secretaria do Planejamento e Finanças;
Chefia de Gabinete;
Controladoria Geral do Município;
Instituto de Previdência Municipal de Quixadá;
Coordenadoria de Comunicação.
Legislativo
A Câmara Municipal é composta por 17 vereadores desde o início da legislatura de 2013, anteriormente eram 21.

Judiciário
O município é sede da:

9º Batalhão da Polícia Militar ;
23ª Vara da Justiça Federal;
Tribunal Regional Eleitoral - 6 ZONA;
Tribunal Regional do Trabalho;
Fórum Desembargador Avelar Rocha.

Curiosidades

A maior parte do território faz parte das depressões sertanejas com maciços residuais, como a serra do Estêvão. Notabiliza-se também pela geografia rica em inselbergs, ou monólitos (formações rochosas isoladas na paisagem), que dominam boa parte da área do município, dos quais o mais famoso é a "Pedra da Galinha Choca", que tem este nome por conta do curioso formato. Os solos são pouco profundos em sua maior parte[7] e têm como principal característica encharcar na estação chuvosa e ressecar facilmente nos períodos de estiagem. Os lençóis de água são geralmente salinizados devido às características geológicas da região.

Quixadá está localizado em sua maior parte na bacia hidrográfica do rio Sitiá. Uma outra parte do seu território está nas bacias de dois outros rios: o rio Piranji e o rio Choró.[8] O município conta com uma grande quantidade de pequenos reservatórios que estão espalhados em todo o território. No entanto, possui dois grandes reservatórios, ambos localizados no leito rio Sitiá, são os açudes do Cedro, com capacidade de 126.000.000 m³, e o Açude Pedras Brancas, com capacidade de 434.049.000 m³.[9]

A vegetação característica da maior parte do município é a caatinga arbustiva densa ou aberta, caracterizada pela presença de cactos e vegetação rasteira com árvores baixas e cheias de espinho. Nas áreas mais elevadas da serra do Estêvão ocorre a floresta caducifólia espinhosa, ou Caatinga arbórea.[10] O município possui as seguintes unidades de conservação: Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá, com área de 16.635,59 ha, criado pelo decreto estadual n° 26 805 de 31 de outubro de 2002,[11] e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Não Me Deixes, com área de 300 hectares, criado pela portaria Nº 148/98 do IBAMA em 5 de novembro de 1998.[12] Apesar disso, aua cobertura vegetal tem sofrido grande intervenção, através de desmatamentos e queimadas com o objetivo de preparar o solo para a agricultura e a pecuária extensiva, além da extração de ilegal de madeira para lenha e carvoarias.[13]

O clima é tropical quente semiárido.[1] A temperatura média anual é de 29?, com pluviometria média anual ser de 818 mm com chuvas concentradas de fevereiro a maio. Além disso, destacam-se os elevados índices de evaporação e evapotranspiração durante todo o ano aliada à irregularidade do regime de chuvas. A região de Quixadá está sujeita à ocorrência de secas severas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1964, a menor temperatura registrada em Quixadá foi de 16,8 °C em 21 de julho de 1961 e a maior atingiu 38 °C em 19 de dezembro de 1937 e 17 de fevereiro de 1938.

Dados de características geográficas

Área: 2.019.834,00

População estimada: 87728

Densidade: 43,40

Altitude: 189

Clima: TROPICAL SEMIÁRIDO BRANDO

Fuso Horário: UTC-3

Distância para a capital: 167,00

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